Chuva deixa 5 mortos, causa deslizamentos e quedas de árvores no Rio

Por G1 Rio

Bombeiros cortam árvore para tentar retirar ônibus atingido na Avenida Niemeyer, no Rio — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

Cinco pessoas morreram e uma está desaparecida depois da tempestade da noite da quarta-feira (6) no Grande Rio. A forte chuva acompanhada de ventania causou apagões, derrubou árvores, alagou vias e fechou a Avenida Niemeyer, onde um trecho da ciclovia desabou.

Dois ônibus foram atingidos por deslizamento de terra e árvore na Avenida Niemeyer. Em um deles, uma mulher morreu e outra pessoa é procurada. O motorista deste ônibus conseguiu sair do veículo e teve escoriações. Com a força do deslizamento de terra, o ônibus foi jogado contra a mureta da avenida e invadiu a ciclovia.

Houve quedas de barreira em vários pontos da Avenida Niemeyer- a ciclovia caiu perto de São Conrado, e o ônibus foi atingido quase no extremo oposto. O prefeito Marcelo Crivella confirmou que a situação mais crítica é na Niemeyer. “Vai demorar mais de um dia inteiro para normalizar”, disse.

Duas pessoas morreram em Barra de Guaratiba, uma na Rocinha, uma no Vidigal e uma na Avenida Niemeyer. Um morador do Vidigal relatou o resgate às vítimas: “Foi desesperador”, contou ele, que teve a casa destruída pela chuva.

Trecho da Ciclovia Tim Maia desabou na Avenida Niemeyer — Foto: Nathalia Castro/TV Globo

Resumo

  • tormenta começou por volta das 20h30, quando o Rio entrou em estágio de atenção;
  • Às 22h15, passou-se para o estágio de crise;
  • Cinco mortesduas em Barra de Guaratibauma na Rocinha, uma no Vidigal e uma na Avenida Niemeyer;
  • Uma pessoa está desaparecida na Avenida Niemeyer. Ela estava em um ônibus que foi atingido. Na avenida, um novo trecho da ciclovia desabou com deslizamento de terra. A via está interditada;
  • Pelo menos 170 árvores caíram, segundo a Prefeitura do Rio; algumas derrubaram a fiação e causaram apagões;
  • Às 8h30 eram 10 pontos de alagamento nos bairros do Leblon, Barra da Tijuca, Gávea, Ipanema, Itanhangá, Botafogo e São Conrado;
  • Registraram-se rajadas de 110 km/h no Forte de Copacabana, o que caracteriza tempestade violenta;
  • Chove fraco nesta manhã, e há pontos de alagamento na Barra e na Zona Sul;
  • A previsão é de mais chuva hoje, mas não tão forte quanto a da quarta-feira. Entenda por que choveu tanto no Rio;
  • Crivella decretou luto oficial de três dias pelas mortes;
  • Telefones úteis: 193 (Corpo de Bombeiros), 199 (Defesa Civil, que deve ser informada sobre riscos de desabamento);
  • A Defesa Civil recomenda que os moradores se cadastrem no serviço gratuito de alertas via SMS. Basta enviar o CEP do imóvel para o número 40199, por mensagem de texto.

Trânsito e transportes

A Avenida Niemeyer é uma das opções de ligação entre bairros da Zona Oeste, como a Barra, e a Zona Sul. Pelas manhãs, a avenida opera em mão única para a Zona Sul, como parte do corredor de reversíveis da orla, em direção ao Centro.

  • Avenida Niemeyer está interditada. Com isso, a Autoestrada Lagoa-Barra sobrecarregouOpções: Alto da Boa Vista ou a Linha Amarela, que têm fluxo intenso.
  • Os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim operam normalmente.
  • A circulação das três linhas do metrô e dos bondes do VLT no Centro está normal nesta manhã.
  • BRT chegou a interromper as atividades às 21h25, mas no fim da noite voltou a operar com intervalos irregulares.
  • SuperVia tem intervalos normais, assim como as Barcas.
  • Alto da Boa Vista, o Túnel Zuzu Angel e a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá já foram liberados, após interdição em todas as vias por quedas de árvores. A Praça Santos Dumont, na Gávea, está bloqueada por bolsão d’água.

Bombeiros trabalham no resgate de desaparecidos após um ônibus ser atingido por um deslizamento de terra e queda de árvores na Avenida Niemeyer, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (7) — Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Defesa Civil

Das 19h da quarta-feira às 6h desta quinta-feira, a Defesa Civil recebeu 104 chamados para vistorias por causa das chuvas. Ainda de acordo com os agentes, bairros de maior demanda são: Barra da Tijuca (12 chamados), São Conrado ( 7), Itanhangá (7), Freguesia (5), Rocinha (5) e Vidigal (4).

Entre as principais ocorrências, estão desabamentos de estrutura, ameaças de desabamento, rachaduras e infiltração em imóveis, e deslizamento de encosta.

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