Índice responsável pelo reajuste dos contratos de locação vigentes no Brasil ganhou ritmo ao subir 0,64% em outubro, aponta FGV.
Economia: Do R7
Alta da inflação do aluguel devolve queda de setembro
ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL
As famílias que vivem em residência com contrato de aluguel que chega ao fim em novembro terão que desembolsar um valor 21,73% maior todos os meses para continuar na mesma moradia no próximo ano.
A alta corresponde à variação acumulada do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Em outubro, o indicador responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de aluguel vigentes no Brasil ganhou força, após uma leve queda de 0,64% apurada em setembro, e subiu os mesmos 0,64%. No acumulado do ano, o IGP-M acumula alta de 16,74%.
Na prática, os inquilinos que pagam atualmente um aluguel de R$ 1.300 terão que desembolsar R$ 1.582,49 (+R$ 282,49) para continuar morando no mesmo imóvel nos próximos meses. Para evitar o peso no bolso, especialistas recomendam a renegociação com o proprietário da residência.
André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, explica que a alta da “inflação do aluguel” ocorre com uma queda menos intensa no preço do minério de ferro em outubro e o aumento do preço do diesel.
No mês, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 0,53%, após queda de 1,21% em setembro, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) variou 1,05% e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 0,8%. Os três indicadores são os responsáveis pela variação final do IGP-M.