Trabalho escravo pode impedir exportação da cera de carnaúba

A exploração da cera da carnaúba, historicamente, sempre foi uma importante atividade econômica para o Piauí. 94% do pó da carnaúba é exportado para países que a utilizam na fabricação de cosméticos, medicamentos, equipamentos para informática, entre outros produtos. Mas agora esse comércio está ameaçado por causa da existência de trabalho análogo ao escravo no beneficiamento da palha de carnaúba.

Os países mais conscientes, como a Alemanha, já manifestaram preocupação com o tipo de trabalho adotado nas fazendas onde a atividade é praticada. Uma multinacional alemã que compra a cera de carnaúba do Piauí pediu informações  ao Ministério Público do Trabalho para certificar-se de que o produto que está comprando não é explorado com mão de obra escrava.

Se as fazendas que ainda utilizam esse tipo de trabalho não se adequarem à legislação que assegura condições dignas para quem exerce a atividade vão perder um excelente mercado lá fora. O Brasil pode até ser condescendente com quem não respeita as leis trabalhistas, como no caso da candidata à Ministra, Deputada Cristiane Brasil, mas na Alemanha o negócio é diferente.

 

De olho no carnaval

O Tribunal de Contas do Estado promete acompanhar de perto as prefeituras que decretaram situação de emergência por conta da seca e que, agora, se preparam para realizar festas de carnaval. De acordo com o Ministério Público de Contas, a promoção de festas carnavalescas, quando os prefeitos se queixam de falta de dinheiro até mesmo para pagar o novo valor do salário mínimo, fere o princípio da razoabilidade.

Prefeituras que decretaram situação de emergência e que agora, inexplicavelmente, encontraram dinheiro para bancar a folia dos eleitores – quer dizer, munícipes – podem ter a prestação de contas rejeitadas pelo TCE. Melhor mesmo seria se os próprios eleitores rejeitassem seus gestores na urna para evitar a velha prática da política do pão e circo.

 

Circo nas ruas

E por falar em circo, o picadeiro foi armado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por conta do julgamento do ex-presidente Lula, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Se a lei é para todos, não deveria haver toda essa parafernália porque um ex-gestor vai a julgamento. Independente do cargo exercido, cada cidadão deve responder por seus atos. Se for inocente, que seja absolvido. Caso contrário, que seja punido de acordo com as leis vigentes no país.

Misturar política com justiça não dá certo. É desproposital que uma metrópole como Porto Alegre tenha suas atividades suspensas, com um enorme aparato de segurança montado, simplesmente porque a justiça está cumprindo seu papel de julgar. Isso mostra que o Brasil ainda está longe de ser um país igual para todos.

Cláudia Brandão

cidadeverde.com

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