Planalto quer PF mais focada em ações de inteligência no Rio

Por Valdo Cruz

 

O presidente Michel Temer e o ministro Raul Jungmann (Foto: PR )

Uma das missões do novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, será elaborar um plano para uma atuação mais forte da Polícia Federal em ações de inteligência no Rio de Janeiro, visando interromper o fornecimento de armas e drogas para o crime organizado no Estado. Esta estratégia é vista como fundamental para o sucesso da operação de intervenção no Rio, comandada pelo general Braga Neto.

Segundo assessores presidenciais, Michel Temer não quer e sabe que não pode interferir na Polícia Federal em relação à atuação na Operação Lava Jato. Por outro lado, deseja e pediu a Jungmann que a PF, agora sob o comando do novo ministro da Segurança Pública, tenha uma ação forte e contundente no combate ao crime organizado.

Nas palavras de um assessor, a instituição, sob direção de Fernando Segovia, irá atuar nas duas frentes com a mesma eficiência. Na Lava Jato, o trabalho é com o Ministério Público. No combate ao crime organizado, sob a liderança de Raul Jungmann.

Não está nos planos do presidente Michel Temer, apesar de toda polêmica envolvendo o nome do diretor-geral da PF, tirá-lo do comando do órgão. A avaliação do Palácio do Planalto, inclusive, é que a tendência seja de um trabalho mais sintonizado da Polícia Federal com o ministro da Segurança. Segovia não tinha bom relacionamento com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, a quem era subordinado até então.

O presidente, por sinal, deseja que Segovia, até para não gerar mais desgastes à sua imagem, continue evitando declarações polêmicas, como as que deu em entrevista sinalizando a possibilidade de arquivamento do inquérito contra Temer sobre renovação de concessões de portos. E concentre esforços na montagem da estratégia de ação da PF contra o crime organizado.

globo.com

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