Pesquisa que avalia Bolsonaro agrada governo e oposição

Marcos Corrêa/PR (Agência Brasil).

Presidente da República, Jair Bolsonaro durante 6ª Reunião do Conselho de Governo

A primeira pesquisa de avaliação do governo Bolsonaro, divulgada ontem pela CNT/MDA, agradou a gregos e troianos. Os governistas festejam os números; a oposição, também.

A pesquisa indica que 38,9% dos brasileiros avaliam positivamente o governo Bolsonaro. A avaliação é regular para 29% e negativa para 19%. Outros 13% não souberam opinar.

O estudo, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos e o nível de confiança é de 95%.

A largada

A oposição comemorou porque Bolsonaro é o presidente em início de mandato com menor aceitação popular.

De fato, Fernando Henrique Cardoso tinha 57% de aprovação no começo de seu governo; Lula, 56,6% e Dilma Rousseff largou com 49,1% de aceitação.

A pesquisa mostra, porém, que a popularidade de Jair Bolsonaro continua alta. Seu desempenho pessoal foi aprovado por 57,5% dos entrevistados. É o maior índice entre todos os presidentes desde 2013.

Sem arrependimento

Tem mais: de acordo com a pesquisa CNT/MDA, entre os brasileiros que votaram em Bolsonaro, 15,9% estão muito satisfeitos, 70,4% estão satisfeitos e apenas 7,6% estão arrependidos. 6,1% não souberam ou não quiseram responder.

Outros números da pesquisa: 55,4% avaliam a nova gestão melhor que a gestão Temer e 55,9% avaliam a nova gestão melhor que a de Dilma.

Expectativas

O pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, conta com o apoio esmagador dos brasileiros: 62% aprovam as medidas e apenas 18,8% as desaprovam.

A principal expectativa para o governo Bolsonaro se concentra, portanto, na segurança pública. Para 53,3% dos entrevistados, a área vai melhorar nos próximos seis meses.

A geração de emprego aparece em segundo lugar, com 51,3% acreditando em uma melhora em curto prazo.

Em relação aos desafios, a saúde desponta como principal obstáculo, sendo indicada por 42,3% dos entrevistados.

A reforma previdenciária, por outro lado, divide o eleitorado: 43,4% aprovam a proposta do governo, 45,6% desaprovam.

Os filhos do presidente

Segundo a pesquisa divulgada da CNT/MDA, 56,8% dos brasileiros acreditam que há interferência direta dos filhos nas decisões do presidente.

75,1% acham que familiares não deveriam influenciar nas decisões do governo.

Pelos dados da pesquisa, o presidente não pode dormir em berço esplêndido, mas ainda tem muita gordura para queimar.

E a oposição ainda precisa botar muita lenha na fogueira para que isso aconteça!

Se ela conseguir, pois, até aqui, o próprio governo fez mais estragos à imagem do governo que a oposição.

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