Peritos atestam que acusado de matar Aretha não tinha problema mental

Laudo de psiquiatras forenses do Hospital Areolino de Abreu atesta que Paulo Alves dos Santos Neto, acusado de feminicídio da cabelereira Aretha Dantas, não tinha problema mental quando o crime foi cometido.

Segundo o laudo assinado pelos médicos Juarez Lobo Bessa e José Heráclito Pereira Vale, Paulo Alves não manifestava comprometimento de suas capacidades de entendimento e autodeterminação na época do crime, em maio do ano passado.

Para os peritos, a dinâmica do assassinato de Aretha revela um conjunto de ações que tinham um objetivo. Na prática, os médicos afirmam que Paulo Alves tinha consciência do que estava fazendo e não tinha sofrido surto psicótico.

O laudo foi positivo para a defesa de Aretha. O advogado Marcos Vinícius Nogueira disse ao Cidadeverde.com que diante do resultado Paulo deve continuar preso na Cadeia Pública de Altos.

“A defesa queria soltar ele, e ,caso o exame desse positivo, o juiz tinha subsídio para encaminhá-lo a um manicômio e como aqui não tem manicômio ele poderia ser solto.  O resultado de insanidade  mental também ia refletir  na condenação dele”, disse o advogado.

Aretha foi morta com mais de 20 facadas seguidas de atropelamento na Avenida Maranhão. A jovem cabelereira saiu de casa na noite do dia anterior sozinha para fazer um lanche próximo da sua residência, no bairro Saci, e não voltou mais.

Na semana passada  2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) decidiu reconhecer a nulidade do procedimento de busca e apreensão realizado na casa do acusado de matar a cabeleireira Aretha Dantas. 

Foto: Arquivo Pessoal

A defesa de Paulo alegou que a polícia não tinha autorização judicial para adentrar o imóvel. Na casa dele foram encontrados uma carta, e o carro usado para levar o corpo de Aretha até a Avenida Maranhão, onde foi achada. O veículo tinha marcas de sangue nos bancos.

Sobre o laudo que atestou que Paulo não tinha problema mental na época do crime, a defesa adiantou que vai pedir a nulidade do exame de sanidade mental do acusado. “Esse laudo é mais um forte candidato à nulidade”, disse o advogado João Marcos.

Izabella Pimentel
redacao@cidadeverde.com

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