Passeio pelos rios Parnaíba e Poti revelam beleza e traquilidade

O rio Parnaíba, também conhecido como Velho Monge, é um curso de água que divide politicamente os estados do Maranhão e do Piauí. É o maior rio genuinamente nordestino sendo navegável em toda sua extensão, com uma extensão de 1.700 quilômetros, nascido na Serra da Tabatinga e chapada das Mangabeiras, entre os estados do Piauí, Tocantins, Maranhão e Bahia, onde fica no Parque Nacional das Nascentes, e tem uma bacia hidrográfica do Parnaíba de 344.112 quadrados.

O rio Poti nasce na Serra dos Cariris Novos, em Quiterianópolis, no Ceará. Ele banha os estados do Ceará e Piauí, com uma extensão total de 538 quilômetros da nascente à foz e se encontra com o rio Parnaíba, justamente em Teresina, na região do bairro Poti Velho, onde tem o Parque Ambiental Encontro das Águas.

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A bacia do rio Poti ia abrange uma área total de 52.370 quilômetros quadrados, dos quais 38.797 quilômetros quadrados estão no Piauí e 13.573 quilômetros quadrados no Ceará, e banhando através de seu curso 24 municípios dos dois estados.

Apesar de grandiloquentes e até épicos, os rios Parnaíba e Poti são quase invisíveis para os habitantes de Teresina, apesar de entranhados em sua história de 165 anos. Uma viagem pelos dois rios em seus trechos que ficam no território teresinense, feita em canoas de pescadores, que cobram preços quase simbólicos, para percorrem pequenos trechos, é uma jornada solitária. Durante toda a viagem se encontra poucos pescadores com suas tarrafas, seus enganchos, que são redes de malhas de pesar com pequenas boias que ficam flutuando na superfície das águas, ou, em casos raros, com anzóis.

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Pouco frequentados em Teresina, os rios Parnaíba e Poti oferecem tranquilidade e paz para quem se aventura a percorrer seu leito.

Na altura da Curva São Paulo, na zona Sudeste de Teresina, um bando de ararinhas atravessam o rio Poti, em voos baixos, próximo da Ponte Wall Ferraz, um socó fica por quase meia hora sobre uma estaca e, depois, some, mas não antes de voar razante sobre as águas dois rios.

É uma viagem absolutamente tranquila e relaxante. Raros são os movimentos dos peixes e vez por outra, algum se atreve abocanhar alguma semente ou inseto sobre as águas. Qualquer barulho nas margens do Poti pode ser ouvido, mas durante toda a sua extensão uma sinfonia de pássaros não deixa os ouvidos humanos.

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São cantos graves, são cantos suaves, quase inaudíveis. No trecho entre a Ponte Juscelino Kubitschek, no centro de Teresina, até a Ponte da Primavera, na zona Norte, da capital piauiense, se vê nas margens, nas árvores ou atravessando o rio gaviões, socós, jaçanãs.

Nas margens, muitos saguis se jogando de uma árvore para a outra, pulando nos galhos, borboletas de todas as colorações, amarelas, verdes, pintadas, algumas que se disfarçam entre as folhas, outras que parecem ter roubado as manchas dos tigres.

No trecho do rio Poti entre o conjunto Mocambinho, onde existe um dique, até o encontro das águas do rio Parnaíba, as garças, que se vê em todo o trecho do rio em Teresina, dominam a paisagens. Estão em cima das árvores, em cima de pequenas touceiras, que parecem ilhas, de aguapés e ficam horas no mesmo lugar, apenas esperando a passagem de alguns peixes ou insetos, seus alimentos.
Convivem tranquilamente com os pescadores aproveitando os pequenos peixes que eles descartam nas águas. As garças voam em bandos, voam sozinhas, sempre com uma elegância indescritível.

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Tranquilas, as águas do rio Poti permite que as imagens das garças fiquem refletidas em sua superfície, o que tona mais bela a sua observação.

Nesse trecho que um poético balé de pescadores e suas canoas, movidas pelos remos empunhados por eles.

As canoas se aproximam, se afastam, andam em duplas, algumas delas têm motores e de afastam mais rápido dos outros pescadores, já acostumados com aquela vida calma.

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O pescador Romildo Pinto de Mesquita sai do cais do rio Poti, no bairro Poti Velho, na zona Norte de Teresina, às 16h30 e volta às 7h do dia seguinte porque vai até a área correspondente ao Parque Zoobotânico, na zona Leste.

Já o Raimundo Nonato da Silva sai às 16h horas para sua pesca e volta às 18h30, quando o sol está se pondo e começa a anoitecer.

“Pescamos principalmente branquinhas”, conta Romildo Pinto de Mesquita.

Mais largo e amarelado, o rio Parnaíba no trecho que fica no território teresinense tem presença humana mais marcante, mas a viagem não é menos poética e relaxante. Além de cheia de surpresas e com mais animais, répteis e mamíferos.

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