A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Povoado Soinho que tinha um prazo de três meses para ser entregue por uma construtora, está há mais de quatro anos com as obras abandonadas. A obra que possui uma estrutura já levantada e rebocada está tomada por matos e objetos, que deixam fortes indícios do uso de drogas dentro do prédio. No local, não há nenhum tipo de vigilância para evitar que levem o que já foi colocado, como canos e os ferros que receberão o telhado.
A comunidade que divide um pequeno posto médico com outros povoados, passa pela precariedade dos atendimentos médicos por não possuir uma unidade de saúde que supra a demanda local. É o que lamenta a dona de casa Maria de Fátima Santos, que sofre com problemas de saúde e tem que se deslocar para a zona urbana para buscar o auxílio médico.
“Se essa UBS já tivesse terminada eu não teria toda a dificuldade que tenho hoje. Tenho que ir longe para fazer a minha consulta de rotina, pois sofro com problema de derrame, por causa disso tenho minhas limitações’, lamenta a moradora.
Para a comerciante Ivonice Santos, a conclusão das obras seria a solução para a transferência do posto para a UBS. Atualmente ele funciona dentro do povoado em local precário e já sem condições para receber pacientes. “Todos os anos o posto de saúde é alagado pelas chuvas. Com isso, eles gastam um absurdo com reforma, porém nada adiante porque volta a se repetir”, explica. “Com o valor gasto nesses quatro anos tentando resolver o problema do postinho, certamente já teriam concluído essa Unidade que falta tão pouco para terminar”, completa Ivonice.
A população que se diz esquecida pelo poder público, critica a demora por uma resposta ou a conclusão da obra, que passou a ser desacreditada por alguns. Como por exemplo o aposentado Francisco Pereira que é deficiente físico e tem dificuldades para se deslocar para locais distantes. “Vivemos um verdadeiro caos em todos os aspectos na zona rural, mas o fato de uma obra como a UBS está parada há quatro anos é uma vergonha não somente para a prefeitura, mas também para a Justiça que nada faz em uma situação dessas”, finaliza.
O setor de engenharia da Fundação Municipal de Saúde informou que a construtora que era responsável pela obra abandonou a construção sem justificativa, acarretando o encerramento do contrato. O setor ainda informou que a FMS está com um novo orçamento da referida UBS para abertura de nova licitação e escolha de nova empresa para o término da construção.
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