Mandetta prevê que Brasil tenha transmissão comunitária de coronavírus na semana que vem

Em reunião com ministros e congressistas, ministro da Saúde diz que pasta trabalha com cenário mais grave, em que não se identifica origem do contágio
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante sua participação em audiência na Câmara dos Deputados, na quarta-feira Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS

BRASÍLIA — Em reunião convocada às pressas com a cúpula do Congresso, ministros e parlamentares, o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) disse, na noite desta quarta-feira, que a pasta trabalha com o cenário de “transmissão sustentada” do coronavírus na próxima semana.

— Nenhuma das pessoas do mundo tem imunidade prévia contra esse vírus. Estamos numa semana em que, na semana que vem, a gente já trabalha com o conceito de transmissão sustentada e a gente já começa com pequenos surtos, pequenos inícios de redemoinho — disse Mandetta.

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A transmissão sustentada acontece quando não é mais possível rastrear onde o infectado foi contaminado, como atualmente é feito com os recém-chegados de países com registros de casos e pessoas com as quais elas tiveram contato.

No encontro, Mandetta demonstrou especial preocupação com São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

— O Rio é uma cidade que aqueles que são parlamentares de lá sabem que é uma cidade de complicadíssimo cenário urbanístico. Nós temos uma quantidade enorme de pessoas em áreas de exclusão social, temos uma rede de saúde mais frágil. São Paulo tem mais musculatura, mas ambas sofrerão muito. A (capital) de Minas também.

Deixando as diferenças de lado

O encontro, na Câmara dos Deputados, reuniu, além de Mandetta, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Paulo Guedes (Economia) e Jorge Oliveira (Secretaria da Presidência).

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Ao dar início à reunião, Maia afirmou que é importante, neste momento de crise, não olhar para a desarmonia política entre base ou oposição.

— A reunião tem como objetivo a gente conseguir, nesse momento de crise, não olhar nem governo, nem oposição, nem base, para que a gente possa construir em conjunto as saídas para que o Brasil possa passar por esse momento  da melhor forma possível.

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