Mãe de adolescente desaparecido acredita que filho foi morto por Tribunal do Crime

Mãe do adolescente Ryan Willian, desaparecido há cinco dias, Railda Rocha afirmou ao Jornal do Piauí nesta terça-feira (26) que acredita na possibilidade do filho ter sido executado após julgamento do chamado “Tribunal do Crime”.

 

Em entrevista a dona de casa relatou ter recebido vídeos de uma suposta vítima sendo queimada em um local ainda não identificado, com comentários de que o corpo do filho jamais seria encontrado.

 

“Acho que meu filho está morto, porque não tem condições. Procuramos em todo lugar e ele não aparece. Diziam que ele estava na beira do rio, já procuramos há dois dias e não achamos”, disse a mãe do jovem de 17 anos.

 

Railda confirmou que o filho era usuário de drogas e que ele foi visto pela última vez próximo a um ponto de vendas de entorpecentes na Vila Afegão, região do bairro Promorar, na zona Sul de Teresina.

 

Durante a entrevista, revelou ainda que o filho, investigado como suspeito de um homicídio acontecido há cerca de um mês atrás, havia recebido uma ameaça em suas redes sociais, em uma foto onde apareciam duas pistolas.

 

“Desejei que ele fosse preso mesmo, para que ele pudesse pelo menos viver. Ele nunca foi preso. Espero justiça, que eles paguem pelo que fizeram. Isso foi covardia, acho que nenhum criminoso merece morrer desse jeito”, lamentou a mãe.

 

Apesar disso, a Polícia Civil ainda não aponta ligação entre os dois casos, e segue investigando o desaparecimento do adolescente. Railda Rocha presta depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa nesta tarde (26).

 

A suspeita é que a ossada humana encontrada por moradores em um matagal povoado Cerâmica Cil, zona rural de Teresina, seja do adolescente desaparecido.

 

Sinais de tortura

 

O delegado Genival Vilela, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa  (DHPP), disse ao Cidadeverde.com que peritos constataram se tratar de uma ossada humana. Os restos mortais estavam queimados.

 

“O corpo estava queimado, mas os peritos ainda conseguiram identificar que a vítima era do sexo masculino. Pelas roupas, uma senhora identificou como sendo o filho dela, que estava desaparecido, mas é algo que ainda precisa ser confirmado por meio de exames”, explica Vilela.

 

Nos restos mortais havia ainda uma corda que indica que ele pode ter sido torturado.

 

“Pela situação do corpo é complicado saber se ele foi enforcado, mas a corda sugere para tortura.O médico legista fará um exame mais detalhado, pois ele tem um conhecimento técnico.  A ossada foi levado ao IML onde poderá ser constatado se ele foi morto a tiros, facadas, se houve enforcamento” explica o delegado.

 

O caso segue sendo investigado pelo DHPP que vai apurar também o local da morte.

 

Breno Moreno

redacao@cidadeverde.com

 

 

 

 

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