Teresina viveu mais um estouro de caixa eletrônico na madrugada deste domingo (07/06), quando homens armados detonaram os terminais da Caixa Econômica em um posto de gasolina na Avenida Frei Serafim. Até o momento ninguém foi preso e a tendência é piorar porque desde fevereiro uma quadrilha inteira foi posta em liberdade por determinação judicial.
Até agora cinco criminosos estão deixando a Casa de Custódia pela porta da frente pouco mais de dois anos após serem presos em flagrante por policiais do Greco durante a Operação Cash, deflagrada em janeiro de 2017. Eles são acusados de pelo menos 15 estouros de caixas eletrônicos em Picos, Luís Correia, Parnaíba e Teresina.
A decisão, que é de fevereiro deste ano e assinada pelo Juiz da 1ª Vara Criminal, Dr. Carlos Hamilton Bezerra Lima, põe em liberdade Luiz Afonso Lima de Jesus (o Javeleta), Clessio David de Melo Silva, Lucas Paulo Santos (o Luquinha), Leandro de Souza e Carlos Eduardo Rodrigues Batista. Já os demais membros do bando, Marcelo Pimentel Cunha Nery (Marcelo Negrão), Luiz Fernando Monteiro Gomes Vitoria e Rafael da Costa Carvalho (Rafael Bicudo) também foram beneficiados pelo alvará de soltura, mas continuaram presos por causa de outros processos. Moizaniel Moreira da Silva Filho, sequer compareceu à audiência o que demonstra que o acusado já estava em liberdade e, por ter endereço incompleto, sequer foi notificado.
Outro membro da associação, Alan Dilson De Oliveira Braga já havia sido solto em setembro de 2017, poucos meses depois de ser preso. Mas, ele acabou executado a tiros em agosto do ano passado no bairro Matadouro, zona norte da capital. Para a polícia o assassinato do homem considerado um dos líderes do bando teria sido queima de arquivo.
Entre os crimes da quadrilha, entre 2016 e 2017, estão os estouros dos caixas eletrônicos do Detran, do Colégio Dom Barreto, da Prefeitura de Picos, da CEF em Luís Correia (Praia do Coqueiro), UFPI e do Extra da Avenida Presidente Kennedy em Teresina.
Apesar da investigação do Greco demonstrar a participação dos acusados nos crimes, inclusive com gravações autorizadas pela justiça e depoimentos com riqueza de detalhes feitos pelos investigados, o representante do Ministério Público, Promotor Antônio Rodrigues De Moura, opinou pela liberdade mediante medidas cautelares através de tornozeleira eletrônica, o que foi acatado pelo Juiz.
Outros dois membros do banco, Francisco Hudson Araújo Sousa e Mario Daniel da Silva Nascimento (Daniel Xexeu), não se tem definição sobre seus destinos. Ao todo a quadrilha possui em torno de 23 membros diretos e indiretos. Todos foram presos durante a Operação Cash.
“O estouro dos terminais da agência da Caixa Econômica realizado neste domingo será investigado pela Polícia Federal. Mas, temos suspeitas que já pode ser uma ação deste bando que foi solto recentemente. É algo lamentável, mas é uma decisão da Justiça. Estamos enxugando gelo, mas vamos continuar trabalhando”, analisou Laércio Evangelista, Delegado do Greco que participou da Operação Cash.
Prisões feitas pelo GRECO / Foto: GP1
