Homens de Novo Oriente são resgatados de situação análoga à escravidão em Goiás

Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTb-GO), resgatou 54 trabalhadores em situação de escravidão em Jataí, interior de Goiás. Operação realizada entre 26 de julho a 6 de agosto, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PR) e Defensoria Pública da União (DPU), que apurou oito denúncias de trabalho escravo em vários municípios goianos.

Dos trabalhadores rurais resgatados, estavam ainda três menores sendo submetidos a condições análogas às de escravo, na modalidade de “trabalho em condições degradantes”. Dos 54 trabalhadores, 13 eram piauienses. Eles retornaram ao município de Novo Oriente do Piauí, a 228 km ao Sul de Teresina, no domingo (08/08).

Segundo o MPT, eles haviam sido contratados no município de Guará (SP), e Novo Oriente (PI) e trazidos para Goiás para trabalhar na extração de palhas de milho para produção de cigarros de palha para uma empresa paulista.

A contratação era realizada por intermédio de “gatos”, aliciadores de mão de obra, e o transporte, realizado em ônibus clandestinos, como também as condições de alojamento desses obreiros haviam sido implementadas de forma totalmente irregular.  Depois de trabalharem por cerca de 1 mês em Iporá, também interior de Goiás, os 54 trabalhadores foram levados para Jataí e abrigados em uma casa velha, onde antigamente funcionava um motel, às margens da BR-364, no km 194.

Segundo os fiscais, o local não dispunha de condições mínimas de higiene, limpeza, ventilação e iluminação e ainda apresentava muita umidade e superlotação, sendo que em um único quarto havia 13 trabalhadores. A única coisa de que dispunham era um colchão velho e sujo jogado no chão do abrigo. Além disso, não tinha camas, armários, roupas de cama, locais para preparo de refeições e sequer possuía lugar para se sentar e tomar refeições.

Para todos os 54 trabalhadores resgatados houve a emissão do requerimento do benefício do “seguro-desemprego de trabalhador resgatado”, correspondente a três parcelas de um salário mínimo cada.

Fonte: 180graus

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