Grêmio supera jogo pegado, se adapta a estilo argentino e põe defesa a trabalhar

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Em meio a um gramado irregular, chuva torrencial e ainda diante do jogo pra lá de pegado do Godoy Cruz, o time do Grêmio precisou “saber sofrer” e se adaptar ao estilo argentino para sair com a vitória de 1 a 0, na noite desta terça-feira, em Mendoza, na Argentina. Mesmo que o Tricolor gaúcho tenha saído com apenas 46 segundo, o que se viu em campo foi uma verdadeira batalha para conquistar a vantagem. E os protagonistas saíram do setor defensivo.

Enganou-se o torcedor gremista que achou que o time de Renato Portaluppi sairia com um triunfo fácil, a partir do gol relâmpago anotado por Ramiro. As cenas comuns, a partir de então, eram trombadas, carrinhos e lances ríspidos. Alguns, até desleais, na avaliação do grupo gaúcho.

– A gente se adaptou bem às condições da partida. Soubemos suportar e fazer o gol, sair com a vantagem. É característica de time argentino. Às vezes acho que foi até desleal. Mas fizemos nosso jogo independente dos outros – avalia Ramiro.

Por mais estranho que possa parecer, em meio a alguns lances violentos, havia também espaço para gentilezas. Aos 12 minutos, por exemplo, o lateral Abecasis foi punido com amarelo após deixar o braço no rosto de Bruno Cortez. Prontamente, o argentino pediu desculpas para o lateral gremista.

Mas o Godoy seguiu com o estilo ríspido – o que gerou muitas faltas. Com campo molhado, nada melhor do que um tiro distante para Edílson. Numa de suas cobranças, a bola estourou no travessão, naquela que foi a segunda melhor chance gremista na partida.

Mais uma vez, o setor defensivo do Grêmio mostrava força e precisão. E quando precisava, também auxiliava no ataque. Foi de Edílson a segunda melhor chance na partida, mas a cobrança de falta

– Queremos sempre jogar futebol. Os caras às vezes vêm para bater e a gente quer pensar em fazer gols e vencer. Nem sempre nós vamos só atacar. Também é preciso saber sofrer – analisa Edílson.

O grande nome da partida ainda estava para aparecer: Marcelo Grohe. Ao menos em três oportunidades, o arqueiro gremista salvou a meta. Ao final da primeira etapa, ainda levou a pior em uma dividida e foi para o intervalo com uma faixa no joelho, para evitar sangramento.

– Fico feliz de poder ajudar. A equipe esteve em uma noite feliz, onde a gente competiu, entendeu o espírito da partida. Sabíamos que ia ter dificuldade, campo pesado, choveu praticamente o dia todo. Eles com muita força física, bola aérea. Sabemos que não vamos ganhar Libertadores só na qualidade técnica, tem que ter muita garra. E tem que saber sofrer também. Falamos que temos técnica, mas na hora que precisasse teria que marcar forte e segurar também – valorizou Grohe ao final do jogo.

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O Tomba não se acomodou na segunda etapa. Aos 32, Grohe operou um milagre em cabeçada de García. Os argentinos seguiram lutando até o fim, mas esbarraram no paredão defensivo de Renato Portaluppi. Contudo, ainda teve tempo para Geromel dar uma rosca na bola e quase mandar contra o patrimônio aos 45.

Com a vitória, o Tricolor traz para Porto Alegre uma senhora vantagem para seguir em frente no sonho pelo tri da América. Na partida de volta, em 9 de agosto, na Arena, se classifica caso não sofra gols. Qualquer empate lhe serve, e uma derrota pelo mesmo placar leva a decisão para os pênaltis. Até lá, o time de Renato Gaúcho volta as atenções para o Brasileirão. No próximo domingo, recebe o Avaí, em Porto Alegre, pela 12ª rodada, às 19h.

 Por Eduardo Moura, Porto Alegre/globoesportes.com

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