Governador da PB diz que segurança é drama no Brasil e critica ausência de ministro

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, afirmou nesta terça-feira (6) em Teresina que o maior drama do Brasil na atualidade é a segurança pública. Ele e mais sete chefes de executivos estaduais participaram do encontro de governadores do Nordeste na capital do Piauí. Coutinho criticou ainda a ausência do ministro da segurança, Raul Jungmann.

“A segurança pública é maior drama que este país tem. Drama pela complexidade do tema. Não é fácil se trabalhar com isso. Não temos respostas imediatas. Estamos diante de um dos países mais de desiguais do mundo. Pra onde a gente vai, vamos cair nessa fábrica de matéria-prima para a criminalidade. Isso requer olhar a segurança pública não só com policiais, muita gente acha que policial na esquina  basta, mas isso é uma ilusão”, declarou.

Coutinho frisou que o número de homicídios hoje no país é  mais alto no Nordeste. Segundo ele, a “gangorra” virou e pegou os estados da região despreparados.  “Aquilo que era organizado, criminalmente falando, se concentrava no Sudeste, mas a gangorra virou. A subida do crime para o Nordeste pegou nossos estados despreparados com raras exceções”, declarou.

O governador paraibano defendeu a criação do ministério da Segurança e aproveitou para criticar a ausência de Raul Jungmann.

“Eu sempre defendi que o país tivesse um ministério para tratar a segurança pública. Eu jamais faltaria, poucos dias depois de tomar posse no 1º ministério da segurança, a uma reunião com nove governadores na região do Brasil que detém 55% do número de homicídios. Eu viria à força. Eu estaria aqui para poder, inclusive, aprender. Não é só pra ter pedidos, aqui a gente faz o dever de casa”, criticou.

O governador disse que espera um ministério permanente e que não haja factoides para influenciar a política. “Eu quero que nosso ministério seja permanente com planos a médio e longo prazo. Não podemos cair na tentação de passar, esse é uma drama do povo brasileiro, em função da eleição agora de outubro. Seria um erro terrível e uma falta de compromisso com as nossas instituições, sobretudo o Exercito. É preciso ter muito cuidado quando se  trabalha um tema desses. O ministro aqui presente seria uma obrigação”, finalizou.

Ao abrir o encontro, o governador Wellington Dias justificou a ausência do ministro, que alegou incompatibilidade na agenda.

Hérlon Moraes
Herlonmoraes@cidadeverde.com

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