GAECO VAI INVESTIGAR “FENÔMENOS” NO PERÍODO ELEITORAL

Promotor já desbaratou vários esquemas criminosos no Piauí e promete atenção redobrada nas eleições (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco) redobrou as atenções devido à proximidade do período eleitoral. Um robusto esquema de fiscalização foi montado em parceria com órgãos e um dos focos será monitorar transações bancárias de contas públicas para impedir práticas criminosas que possam desvirtuar o pleito eleitoral. Verbas destinadas às prefeituras serão acompanhadas.

De acordo com o promotor Rômulo Cordão, coordenador do Gaeco e conhecido por desbaratar esquemas criminosos no Piauí, o objetivo é monitorar “fenômenos eleitorais” que costumam acontecer no período de campanha. Segundo ele, a intenção é, além de atuar na prevenção, também reprimir condutas criminosas de pessoas envolvidas no pleito.

“As atenções são redobradas. Nós temos a rede de controle e firmamos uma parceria focando nas eleições de 2018, junto com a Procuradoria Regional Eleitoral e órgãos como o TCE e o TCU, no sentido de verificar determinados fenômenos que ocorrem antes das eleições, notadamente no que diz respeito a transações bancárias nessas contas públicas de municípios. Tudo no sentido de detectar a ocorrência ou a possibilidade de ocorrência do ilícito para a gente atuar na prevenção e na repressão”, falou.

O promotor Rômulo Cordão, do Gaeco, e o procurador da República Marco Aurélio Adão (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

DINHEIRO REPASSADO ÀS PREFEITURAS
O promotor lembra que, para comprar votos, os criminosos necessitam de uma estrutura que envolva dinheiro e por isso as atenções serão voltadas para as contas, uma vez que o recurso usado ilegalmente para comprar votos, geralmente, é oriundo do próprio poder público.

“A gente frisa muito na questão bancária porque a gente sabe que para se comprar o voto, ou se compra com dinheiro ou com bens. Para tanto, se precisa de um lastro financeiro para esse tipo de ilícito, para se financiar uma campanha com essa natureza. Então o foco nas contas é muito importante, notadamente quando a gente sabe que o dinheiro gasto nessas campanhas é proveniente do próprio erário. É dinheiro das prefeituras que seria para pagar empresas que têm contratos e que são desviados para serem usados na campanha”, alertou.

POLITICA DINAMICA

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