França se prepara para greves e protestos contra reforma da previdência

Projeto do governo francês planeja aumentar idade mínima de aposentadoria e tem grande rejeição por parte da população

Agência EFE

INTERNACIONAL | por Agência EFE

França se prepara para uma série de manifestações; Macron não estará no país

CHRISTOPHE PETIT TESSON/AFP – 25.11.2022

A França se prepara para uma série de paralisações e protestos de grande envergadura destinados a frear o projeto de reforma da previdência, que enfrenta a oposição de sindicatos e partidos de esquerda e extrema-direita.

 

Sindicatos convocaram greves e manifestações para a próxima quinta-feira (19), dia que será seguido de mais paralisações setoriais nas próximas semanas, enquanto o governo lançou uma campanha de informação e entrevistas para tentar convencer a opinião.

Por enquanto, o setor público terá na quinta-feira paralisações em ferrovias, nos transportes na região parisiense, na educação (incluindo universidades), na polícia e em penitenciárias. No setor privado, haverá greve na energia, entre os tripulantes da aviação comercial e outras áreas econômicas menores.

 

“O debate na Assembleia Nacional será baseado na mobilização e em greves. A batalha será travada em primeiro lugar nas empresas e nas ruas”, advertiu o secretário-geral do sindicato CGT, Philippe Martinez, em entrevista à televisão estatal France 3.

Objetivo: paralisar o país

O objetivo dos sindicatos é paralisar o país, como na série de grandes greves em 1995, contra o plano do primeiro-ministro Alain Juppé (na presidência do conservador Jacques Chirac) de reforma previdenciária, incluindo os regimes especiais nas empresas do setor público.

.Foram perdidos 5 milhões de dias de trabalho, 4 milhões no setor público e 1 milhão no setor privado. Em 12 de dezembro daquele ano, 2 milhões de pessoas protestaram em todo o país, segundo os sindicatos (1 milhão, segundo a polícia), e apenas três dias depois o governo retirou o projeto de lei.

 

“Podemos fazer ainda melhor do que naquela época”, disse Philippe Martinez, de forma otimista, em declarações na sexta-feira passada.

 

O ministro do Trabalho, Olivier Dussopt, advertiu neste domingo que “os sindicatos têm o direito de convocar greves e manifestações, mas não de bloquear o país”.

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