Em surto de dengue, agentes de endemias enfrentam dificuldade para vistoriar domicílios

Em meio a nova epidemia de dengue no Piauí, agentes de endemias da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina têm encontrado dificuldade para realizar o monitoramento de potenciais focos durante visitas às residências na capital.

Segundo Paulo Marques, gerente de zoonoses do órgão, há muitos relatos das equipes sobre situações em que não conseguem realizar a visita domiciliar porque não há autorização do proprietário do imovel, que acaba  dificultando a ação de prevenção.

“Há casos em que nos deparamos com a situação de imóveis fechados ou recusa de pessoas que não permitem a visita. Temos um percentual alto de recusa, e nesses casos passamos para a casa vizinha. A não ser que haja uma denúncia de que há possíveis focos, a equipe retorna, não mais como visita, mas sim como fiscalização”, alertou o gestor ao Cidadeverde.com.

De acordo com a FMS, o número de casos de dengue registrados em Teresina este ano já é cerca de 400% maior que no mesmo período de 2021, o que motivou a pasta a reforçar o monitoramento de combate ao mosquito aedes aegypti, vetor da doença.

“Já visitamos mais de 350 mil residências. Os bairros com maior incidência de focos da dengue são o Dirceu II, Parque Poti, Lourival Parente, Bela Vista e Santo Antônio. Já temos dois carros fumacê trabalhando nessas regiões”, informou Paulo Marques.

Por conta desse cenário, estes e outros locais da cidade estão recebendo os carros ‘fumacê’. A orientação é que os populares deixem suas portas e janelas abertas para que o inseticida dispensado no ar possa circular dentro das casas, eliminando o maior número possível de mosquitos da dengue.

Além disso, a FMS recomenda a manuntenção dos cuidados com potenciais pontos  de proliferação do transmissor da doença, como caixas d’águas, manilhas, vasos de plantas, pneus e garrafas, por exemplo, e também outros focos que costumam ser negligenciados pela população.

“Ralos de banheiro que não são usados diariamente, marquises ocas que são feitas em cima de portões, calhas que juntam muitas folhas de árvores e acumulam água da chuva, por exemplo, são locais onde também podemos encontrar esses focos”, concluiu Paulo Marques.

Foto: Divulgação/FMS

Breno Moreno
redacao@cidadeverde.com

Crédito: Ivan Lima/ Rede Meio Norte

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