Cármen nega pedido de Aécio para inquérito ser redistribuído para Gilmar

RIO — A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido feito pela defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que queria a redistribuição de um dos inquéritos a que o tucano responde para o ministro Gilmar Mendes.

O advogado do senador, Alberto Toron, havia alegado que havia conexão entre a investigação, que trata sobre suspostas irregularidades em obras das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, e outro inquérito que já é relatado por Gilmar, sobre Furnas.

x66087143_Brasil-Brasilia-BsB-DF-01-04-2017O-senador-Aecio-Neves-PSDB-acompanhado-de-seus-advo.jpg.pagespeed.ic.kBhUP-MQbM

Cármen, no entanto, considerou que os fatos são “desconexos”. Mas, apesar de rejeitar o pedido, a ministra concordou em redistribuir a investigação, por não ver relação com a Petrobras, foco inicial da Operação Lava-Jato.

A mesma decisão foi tomada em outros cinco inquéritos que também investigam as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. A redistribuição será feita por dependência, ou seja, um mesmo sorteio definirá o novo relator das seis investigações, todas baseadas na delação premiada de executivos da Odebrecht.

Em sua decisão, Cármen Lúcia concordou com o posicionamento do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, que havia defendido a redistribuição por dependência dos seis inquéritos.

Nos outros cinco inquéritos, são investigados os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Ivo Cassol (PP-RO) e o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Romero Jucá e Arlindo Chinaglia foram acusados de receber, cada um, R$ 10 milhões para auxiliar a Odebrecht na licitação da hidrelétrica de Santo Antônio. Ivo Cassol teria recebido R$ 2 milhões por favorecimentos na mesma obra.

Edison Lobão é suspeito de ter recebido R$ 5,5 milhões para ajudar a empreiteira na obra da hidrelétrica de Jirau.

De acordo com os delatores da Odebrecht, Aécio e Valdir Raupp teriam recebido pagamentos por favorecer a empresa nas obras das duas hidrelétricas, mas os valores não foram especificados. Todos os políticos negam as acusações.

globo.com

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here