Candidatos do PT buscam partidos menores para 2018

Coronel Carlos Augusto: convite para se filiar ao PROS pode ser alternativa para candidatura em 2018

 

As articulações com vistas às eleições de 2018 podem levar alguns candidatos a deputado estadual da esfera do PT para partidos menores. Essa situação diz respeito, por exemplo, ao comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, e ao secretário de Administração, Franzé Silva.

A possibilidade de buscar outra sigla que não o PT tem ainda o componente das diferenças internas, com candidatos de mais para vagas de menos. Nomes como Franzé Silva incomodam algumas estrelas do partido. Nos bastidores, fala-se de diferenças entre o secretário e o presidente regional da sigla, deputado Assis Carvalho. Isto porque Assis tem ligações mais próximas com o ex-secretário de Saúde, Francisco Costa.

As limitações de vaga para os novos pretendentes seriam determinas por dois fatores. Primeiro, a possibilidade de uma grande coligação incluindo os principais partidos aliados – entre eles o PMDB, com poucos candidatos, mas todos com alta performance. Segundo, a prioridade dada aos atuais deputados e suplentes na ocupação das vagas que caberiam ao PT.

Por essa prioridade, Flora Izabel, Fábio Novo, Francisco Limma, Cícero Magalhães, Aluízio Martins, João de Deus e (se ficar no PT) Henrique Rebelo estariam com suas vagas asseguradas, o que pode criar dificuldades para nomes como Franzé e Carlos Augusto. Daí, uma alternativa é que esses nomes busquem novas siglas. Carlos Augusto já tem convite – dito e repetido – pelo PROS. E Franzé pode se juntar ao bloco da chamada “chapinha”, com o PTC à frente. Uma possibilidade é que se filie ao PCdoB.

Indagado sobre o assunto, Franzé diz que a chance de sair do PT “é remota”. Traduzindo em politiquês: há chance real de mudar de sigla. Já o coronel Carlos Augusto se resguarda de tratar do tema. Mas o convite do PROS é conhecido.

A dúvida dos candidatos tem uma razão de ser: há uma esperança de que o PT consiga disputar vagas na Assembleia sem formar aliança com outros partidos. Se sair sozinho, haverá mais vagas e a disputa não será tão desequilibrada como num embate dentro da mesma coligação com os peemebistas. Nesse caso, tanto Franzé quanto Carlos Augusto poderiam ficar onde estão.

O detalhe é que Carlos Augusto tem uma vantagem: como policial militar, ele tem prazo especial. Pode esperar até a fase de convenções para definir sua filiação. Isso permitirá que faça uma opção partidária com um quadro já praticamente definido. Franzé, no entanto, tem que se filiar até o final de março.

Toda essa discussão contempla os interesses de Wellington Dias, em seu projeto de buscar o quarto mandato. Wellington vai cuidar (aliás, está cuidando) de manter a aliança ampliada, com o maior número de partidos possíveis. Ao mesmo tempo, cuida de atender ao seu núcleo duro, acomodando aqueles que bem poderão ser seus fiéis (efetivamente fiéis) defensores num eventual quarto mandato.

cidadeverde.com

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