Bolsonaro diz ter conversado com Maia para instituir voto impresso em 2020

Questionado pelo GLOBO, o presidente da Câmara disse que é favorável ao projeto

BRASÍLIA –  O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado, que conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para dar andamento em 2020 ao projeto que institui no país o voto impresso ou um método similar que permita uma auditoria do pleito. Bolsonaro disse desejar que, nas próximas eleições, ao menos 10% das urnas do Brasil tenha o mecanismo para que possam ser verificadas.  Questionado pelo GLOBO, o presidente da Câmara disse que é favorável ao projeto.

O voto impresso foi umas das principais bandeiras de campanha de Bolsonaro nas eleições presidenciais. Na última semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o voto impresso. O projeto é de autoria da deputado Bia Kicis (PSL-DF), aliada do presidente. A proposta ainda precisa passar por uma Comissão Especial, pelo Plenário da Câmara e por tramitação semelhante no Senado.

– (O Rodrigo Maia) é a favor do voto impresso, de uma forma que permita você auditar, você saber que o voto foi para aquela pessoa. Talvez, no primeiro momento, que seja 10% das urnas de voto impresso no ano que vem. O que a gente vai querer é que, acabaram as votações, você possa entrar na internet e consultar a tua seção eleitoral. No meu entender, você praticamente acaba com a suspeição de fraude nas urnas – disse.

O assunto foi tratado por Bolsonaro na conversa de quase 2h30 com jornalistas no Palácio do Alvorada ao ser questionado sobre o futuro político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Para ele, o petista não tem mais chances eleitorais e o voto impresso extinguiria a possibilidade de fraude nas urnas.

– O Rodrigo Maia, conversei com ele, nós vamos partir para algo parecido ou voto impresso a partir de agora, ano que vem. Então, a gente dissipa qualquer possibilidade de fraude no  Brasil. Não tem mais chances para o PT na próxima eleição. O quadro pintado, diante de tudo o que aconteceu no Brasil, estatais, fundo de pensão, BNDES, não tem mais espaço para ele – afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro  disse que, ao evitar o confronto direto com Lula após ele deixar a prisão, evitou que ele crescesse.

– Primeiro eu não dei a oportunidade em qualquer ação minha de contestar muita coisa que ele falou por aí para ele crescer. Não houve reverberação. De minha parte, eu fiz coisa certa. Deixei ele falar – disse.

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