Bases que abrigam tropas dos EUA são atacadas no Iraque; Irã assume responsabilidade

Por G1

Emissora iraniana noticia lançamento de mísseis contra alvos no Iraque — Foto: Iribnews/Reprodução

Duas bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas foram atingidas por mais de uma dúzia de mísseis iranianos na noite desta terça (7) – madrugada de quarta (8) no horário local -, informou o Pentágono.

A base aérea de Ain Al-Asad, no oeste do país, é uma das que foram atingidas, e a outra está em Erbil, na região curda do Iraque.

Resumo dos acontecimentos até agora:

  • mais de 12 mísseis foram lançados pelo Irã contra 2 bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas
  • o Pentágono confirmou o ataque e o Irã assumiu a responsabilidade
  • a ação é vingança pelo assassinato do general iraquiano Qassem Soleimani
  • até o momento há o relato de vítimas iraquianas, mas não se sabe quantas, nem como estão
  • Donald Trump deve falar à nação ainda esta noite

A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade pelos lançamentos dos mísseis, mas inicialmente reconheceu ter atingido apenas a base de Al-Asad. Uma fonte de segurança do Iraque disse à CNN que 13 foguetes atingiram a base, e que eles foram lançados de uma distância de cerca de 10km.

Ainda segundo fontes de segurança do Iraque, há relatos de vítimas iraquianas, mas não há informações sobre quantas são ou se elas foram mortas ou feridas. Autoridades americanas informaram à CNN que não há relatos de vítimas dos EUA.

Um porta-voz das forças armadas da Noruega disse à Associated Press que cerca de 70 soldados noruegueses estavam na base de Al-Asad, mas que não houve relatos de feridos.

Bases iraquianas sofrem ataques — Foto: Cida Gonçalves/G1

Mais cedo, uma rede estatal de TV iraniana havia informado que “dezenas de mísseis” foram lançados contra a base de Al-Asad. O Pentágono confirmou os lançamentos. Segundo a rede de televisão árabe “Al Mayadeen”, citada pela Reuters, há helicópteros americanos na cena e um estado de “alerta total” foi ativado.

“Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã”, declarou o Pentágono. “Estamos trabalhando em avaliar os danos iniciais da batalha”.

O presidente americano, Donald Trump, está a par do ataque, segundo a AP. “O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional”, disse a Casa Branca em comunicado. Trump deve se dirigir à nação ainda nesta noite.

Stephanie Grisham

@PressSec

We are aware of the reports of attacks on US facilities in Iraq. The President has been briefed and is monitoring the situation closely and consulting with his national security team.

8,738 people are talking about this

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o secretário da Defesa, Mark Esper, estão na Casa Branca, segundo a rede CNN.

Vista aérea da base de Ain al-Asad, no deserto de Anbar, no Iraque, em 29 de dezembro de 2019. Base foi um dos alvos de foguetes iranianos na quarta-feira (8). — Foto: AP Photo/Nasser Nasser

Ameaças

De acordo com a rede de TV iraniana, o ataque é parte da operação de vingança de Teerã, chamada de “Mártir Soleimani”, contra a morte do general Qassem Soleimani, morto na semana passada em um ataque aéreo americano no Iraque. O comandante era chefe da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana.

“Estamos alertando todos os aliados dos americanos, que deram suas bases ao seu exército terrorista, de que qualquer território que seja ponto de partida de atos agressivos contra o Irã será alvo”, declarou a Guarda Revolucionária do Irã por meio da Irna, a agência de notícias oficial iraniana.

A guarda também ameaçou Israel e alertou os Estados Unidos de que retirem tropas da região para evitar a morte de mais soldados. Em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram, a guarda disse que, se os Estados Unidos retaliarem o ataque, iriam responder à ofensiva “dentro da América”.

Misséis atingem base aérea no Iraque usada por militares americanos e Irã assume ataque

A base aérea de Ain Al-Assad fica no oeste do Iraque, na província de Anbar. Começou a ser usada pelas forças americanas depois da invasão do Iraque pelos EUA em 2003, que derrubou Saddam Hussein. As tropas americanas também ficaram lá durante o combate contra o Estado Islâmico. Cerca de 1,5 mil soldados estão abrigados ali, segundo a AP.

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here