Análise: Corinthians mostra repertório ofensivo e força em jogos grandes

Por Bruno Cassucci, São Paulo

Foi assim em 2017 e tem se repetido neste ano: o Corinthians cresce nos jogos grandes.

Invicto em clássicos e na Libertadores, o Timão teve uma de suas melhores atuações na temporada diante do Bragantino, na última quinta-feira, quando dominou o adversário e venceu por 2 a 0.

Foram 508 passes certos, 24 finalizações, 65% de posse de bola e um repertório ofensivo que chamou a atenção. Mesmo muito bem marcada, a equipe não se desesperou ou recorreu a chuveirinhos. Teve chutes de média e longa distância, infiltração dos volantes, ultrapassagens dos laterais e diversas triangulações.

O torcedor de outro time ou o corintiano mais crítico fará a ponderação de que o Bragantino é limitado e não pode ser parâmetro. Mas a variedade de jogadas de ataque já havia sido vista diante de Santos, Palmeiras…

Aliás, assim como foi no Dérbi, Carille não teve medo de mexer no Corinthians antes de uma partida importante. Se diante do rival alviverde ele teve sucesso ao escalar a equipe sem centroavante, contra o Bragantino o treinador optou por voltar ao 4-2-3-1 e viu a ousadia ser coroada novamente.

Para dar maior estatura ao Timão e velocidade pelos lados, ele não só alterou o esquema tático como também trocou três peças: saíram Gabriel, Romero e Emerson Sheik e entraram Ralf, Mateus Vital e Júnior Dutra.

Com os volantes participando muito do jogo e intensa movimentação pelas beiradas, o Corinthians envolveu o Bragantino do início ao fim.

Os gols que garantiram a classificação à semi mostram que organização é importante não apenas para defender, mas também para atacar. Parecidas, as duas jogadas são estudadas em vídeos e ensaiadas em campo: atrair o rival por um lado e virar o jogo rapidamente, abrindo um corredor para a infiltração na área adversária.

Os elogios nesta análise não significam que Carille não tenha problemas a resolver. Mesmo com jogadores mais altos, o Corinthians levou sustos em jogadas pelo alto do Bragantino. Por mais que a equipe treine lances deste tipo, os erros persistem (e podem custar caro em um mata-mata).

Mais maduro a esta altura da temporada e jogando melhor, o Corinthians chega nesta semifinal como favorito, embora os desfalques da equipe e a rivalidade com o São Paulo equilibrem um pouco o confronto. Resta saber o que Carille vai “inventar” desta vez.

A partida ida contra o São Paulo será no domingo, às 16h, no Morumbi, e a volta na quarta-feira, às 21h45, na Arena Corinthians, em Itaquera.

globoesportes.com

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