Após ter a prisão domiciliar revogada, o ex-médico Roger Abdelmassih voltou para a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP), 12h30 deste sábado (1º). Ele chegou em uma viatura da polícia. Antes, ele passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) na capital.
O detento, condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes, permaneceu em casa, na zona oeste da capital, por uma semana, após ter a prisão domiciliar concedida pela Justiça. Ele era monitorado por tornozeleira eletrônica.
O benefício foi concedido depois que o preso, que sofre de problemas cardíacos, enfrentou uma broncopneumonia. Antes da Justiça autorizar a prisão domiciliar, o ex-médico permaneceu internado em um hospital em Taubaté por 40 dias.
A defesa do ex-medico tentava um indulto humanitário, que é o perdão da pena, concedido a presos com problemas graves e permanentes de saúde.
Recurso do MP
O Tribunal de Justiça mandou que Roger voltasse a cumprir pena na prisão nesta sexta-feira (30) em atendimento a um recurso do promotor Luiz Marcelo Negrini, do Ministério Público em Taubaté. Para ele, ex-médico não “cumpriu pena suficiente para qualquer espécies de
progressão de regime”.
A promotoria afirma também que um laudo médico realizado por um perito nomeado pela Justiça não demonstrou que ele precisava deixar o presídio para receber o atendimento médico que precisa.
Retorno
Antes de voltar à prisão, conhecida por abrigar presos de casos considerados de grande repercussão, como os irmãos Cravinhos, condenados pela morte do casal Richthofen; e Alexandre Nardoni, pai de Isabela, o ex-médico deixou o apartamento onde vive a mulher do ex-médico, a procuradora Larissa Sacco, por volta das 6h20.
Abdelmassih foi levado pelos policiais até o Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), no Centro da capital. De lá, seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML), onde passou por um exame de corpo de delito. Por volta das 11h ele saiu do IML e seguiu para penitenciária no interior paulista. A unidade fica a 170 quilômetros da capital.
Se o detento passar mal, ele será atendido na enfermaria do presídio. Se o quadro clínico for agravado, ele volta a receber atendimento médico em um hospital.