Diário do Sambito

Portões fechados, tiros e caos: as cenas lamentáveis do clássico no Nilton Santos

Faltou gol em campo, não faltou confusão fora dele. Desde o ônibus rubro-negro sendo apedrejado na chegada, passando por tumultos nas entradas e saídas das torcidas, o clássico Botafogo e Flamengo levou toda a tensão que o cercava para seus arredores. Para piorar o clima, um torcedor alvinegro foi detido por injúrias raciais a familiares de Vinicius Júnior. Em campo, o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil terminou 0 a 0.

 

Na chegada ao Nilton Santos, o ônibus do Flamengo não foi bem recebido. Torcedores do Botafogo tentaram acertar o veículo com pedras. Alguns conseguiram, mas a Polícia Militar agiu rápido para evitar mais problemas. Um dos objetos que atingiu o ônibus que levava a delegação rubro-negra deixou uma pequena marca.

Perto de a bola rolar, começou uma confusão na entrada do Setor Sul,da torcida do Flamengo. Os torcedores, que queriam entrar, tentavam acelerar o processo de revista. A Polícia Militar usou gás de pimenta para dispersá-los e fechou os portões.

A partir de então, os torcedores que não tinham entrado ainda no Nilton Santos ficaram sem uma resposta: os portões seriam abertos novamente? Quando? A bola rolou, e nada. Até que apenas uma entrada foi aberta – não o suficiente para que o processo fosse feito com mais velocidade.

 Uma nova confusão, então, começou. Novamente com torcedores e policias trocando empurrões, foram utilizadas balas de borracha e gás de pimenta. Muita gente correu para longe dos portões, e a cavalaria da PM chegou para encerrar o tumulto. O clima continuou tenso, mas este foi o último foco de briga. Logo, todos os torcedores entraram. Muitos no fim do primeiro tempo.

Depois de todos os problemas com a torcida do Flamengo na chegada ao estádio, na saída foi a vez dos botafoguenses entrarem em confronto com a Polícia Militar. A confusão começou depois de um dos cavalos do Gepe refugar e acertar torcedores organizados do Alvinegro.

Depois disso, os policiais tentaram dispersar o tumulto com bombas, gás de pimenta e tiros de borracha. Quando tudo ficava mais calmo, dois ônibus tentaram fugir do tumulto e aceleraram para cima da calçada do Nilton Santos, causando mais brigas, mais tiro de borracha, mais bomba de efeito moral e mais gás de pimenta.

Do outro lado do estádio, os torcedores do Flamengo saíram sem problemas cerca de 1h depois do apito final.

globoesportes.com