Com vitória da equipe por 3 a 0 sobre RB Leipzig, no Estádio da Luz, em Lisboa, camisa 10 se credencia para valer no prêmio de Melhor do Mundo
Do R7
Marquinhos fez primeiro gol da vitória do PSG sobre RB Leipzig no Estádio da Luz
David Ramos/Pool via Reuters – 18.08.2020
O Paris Saint-Germain está pela primeira vez na final da Champions League. Grande arquiteto da construção de um time poderoso na França, Neymar não marcou o seu gol, mas comandou a vitória desta terça-feira (18) por 3 a 0, no Estádio da Luz, em Lisboa, sobre o só esforçado RB Leipzig. A equipe agora espera o vencedor do duelo entre Lyon e Bayern de Munique para saber quem enfrenta na grande decisão.
Lyon e Bayern decidirão o último finalista nesta quinta, no Estádio José Alvalade, também na capital portuguesa, onde é disputada a fase final do torneio marcado pela pandemia do novo coronavírus. A final da principal competição europeia de clubes acontecerá no domingo (23), às 16 horas (de Brasília).
A classificação do PSG é também o passaporte para a disputa de Melhor Jogador do Mundo eleito pela Fifa. Apesar de haver um quê de protecionismo na premiação do The Best, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi nem de longe justificaram sequer uma indicação. As maiores ameaças ao brasileiro estão justamente no outro lado da chave: Robert Lewandowski e Thomas Müller, ambos do Bayern, podem aparecer na disputa.
O mais perto que o PSG havia chegado de uma decisão de Champions havia sido em 1995, quando caiu na semifinal para o Milan. Para se ter uma ideia, outro astro do time ao lado de Neymar, Mbappé sequer era nascido nessa época. De lá pra cá, os triunfos e negócios do time parisiense tiveram forte envolvimento do petrodólares do Qatar, país que será sede da Copa 2022. A partida contra o Leipzig foi a prova de que valeu a pena o dinheiro investido.
O esquema defensivo armado pelo técnico Julian Nagelsmann foi por água abaixo ainda no primeiro tempo. Aos 12 minutos, Di María cobrou uma falta na intermediária, e Marquinhos subiu mais do que todo mundo para desviar de cabeça e abrir o placar. Aos 41, para piorar, o time alemão ainda errou a saída de bola e Di María aproveitou passe de Neymar para ampliar.
Mas o que já estava difícil para a jovem equipe alemã, fundada há 11 anos (o PSG, com 50 anos, também é novo no futebol) e administrada pela energética Red Bull, piorou no segundo tempo. Aos 10 minutos, Bernat aproveitou bobeada da zaga adversária e marcou o terceiro. Já nos minutos finais, os alemães bem que tentaram, mas não ofereceram perigo a Sergio Rico, que substituiu o titular Keylor Navas.
Se o PSG busca seu inédito título, Neymar vai de moicano, óculos na testa e caixa de som para a sua segunda final de Champions. O brasileiro conquistou o título com o Barcelona em 2015.