
A Corregedoria da Polícia Militar instaurou procedimento para investigar o uso de uma arma particular de um policial militar por uma adolescente de 17 anos que atirou contra o ex-namorado, um adolescente de 16 anos, em uma escola particular de Teresina na manhã desta quarta-feira (4). O tiro atingiu a cabeça da vítima e ele segue internado em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A adolescente é filha de um policial militar.
De acordo com o comandante da Polícia Militar, Coronel Scheiwann Lopes, a arma usada não era das forças de segurança, mas uma arma particular do pai da adolescente. No entanto, como se trata de um caso envolvendo um policial militar, existe a necessidade de apuração por parte da corregedoria.
“O caso está sendo acompanhado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM porque envolve um policial militar. (…). Era uma arma particular, ele tinha uma arma cautelada, comprada por ele, autorizada, ele pode usar a arma enquanto policial, a maioria tem uma arma de trabalho da Polícia Militar e a sua arma própria, porque ele é policial. Então foi essa arma própria dele particular que foi lamentavelmente subtraída pela criança e ocasionou essa tragédia que foi noticiado hoje”, disse.

Comandante da Polícia Militar do Piauí, Coronel Scheiwann Lopes
O pai da adolescente é um policial militar do 9º Batalhão da Polícia Militar em Teresina. Abalado, ele falou com a imprensa e disse que nunca ensinou a filha a usar arma. “Recebi a notícia do acontecimento por um amigo do 9º batalhão. Falei com ela, que está bastante abalada, ela não está bem, disse que não queria ter feito isso, está arrependida. Eles estavam namorando, brigaram”, disse à imprensa.
Vítima segue internada com bala alojada na cervical
O adolescente que foi baleado segue internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). De acordo com a família, ele está com a bala alojada na coluna cervical. Internado em estado grave, o adolescente aguarda estabilização para realizar procedimento cirúrgico para retirada do projétil do corpo.
O caso
A estudante, de 17 anos, que atirou contra o ex-namorado dentro da escola em que estudava no Centro de Teresina, foi apreendida e encaminhada à Central de Flagrantes de Teresina. Diante da delegada Daniela Dinalli, da Delegacia de Proteção ao Menor Infrator, a menina se manteve em silêncio, mas após cometer o ato infracional correspondente à tentativa de homicídio, ela entrou em uma farmácia e informado ao funcionário que tinha acabado de matar um colega no colégio.
Na Central de Flagrantes, a jovem se manteve em silêncio, de cabeça baixa e utilizando as mãos para cobrir o rosto. Ela estava acompanhada dos pais e de um advogado da família, durante ao depoimento à delegada. O pai da adolescente é um policial militar e está lotado no 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), ele disse que nunca ensinou a filha a usar uma arma de fogo.
O delegado Tales explicou que o procedimento da apreensão da estudante, em flagrante, será lavrado com base no relato das testemunhas e nas imagens da câmera de segurança da escola. A jovem ficará à disposição da Justiça. A polícia segue ouvindo testemunhas e aguarda laudos da perícia realizada na escola.
Família de jovem baleado disse que adolescente não aceitou o fim do namoro
A adolescente, de 17 anos, que atirou na cabeça do ex-namorado dentro da escola em que estudavam, no Centro de Teresina, esteve na residência da vítima ontem (03). Segundo fonte ouvida pelo Cidadeverde.com, ela agrediu o rapaz e fez ameaças contra sua vida. Nossa equipe apurou que os dois adolescentes teriam iniciado o namoro há cerca de um mês.
“Há exato um mês ele apresentou ela para a família. Ontem ela foi até a casa dele, o agrediu e o ameaçou de morte, porque ela não aceitava o fim do relacionamento. E quando foi hoje ela cumpriu a ameaça”, disse Carlos Magno, irmão da vítima.
Segundo ele, o jovem foi agredido com puxões de cabelo, tapas e arranhou. Ela teria, ainda, tentado acertá-lo com socos.
Após o filho ser ferido pela adolescente, os pais procuraram a escola para informar sobre esse fato. A polícia também teve acesso a conversas, em aplicativo de mensagem, em que o jovem mostra escoriações e diz que foram feitas pela adolescente. A polícia também vai investigar essa agressão anterior.
Nota esclarecimento do Colégio CPI
O Colégio CPI vem a público manifestar profunda consternação diante do lamentável ocorrido nesta manhã entre dois alunos.
Imediatamente após o incidente, prestamos o devido socorro à vítima, que foi encaminhada ao hospital e está recebendo toda a assistência necessária. Reforçamos nosso compromisso em colaborar integralmente com as autoridades competentes, que já estão apurando os fatos, e tomaremos todas as medidas.
Neste momento, intensificamos nossas ações internas para garantir um ambiente ainda mais seguro e acolhedor para todos.
Agradecemos a compreensão e confiança das famílias e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos. Seguiremos empenhados em acompanhar de perto a recuperação do aluno e a investigação deste episódio, sempre priorizando a verdade e a serenidade.
Em tempo, informamos que as atividades escolares e festivas estão suspensas no dia de hoje.
Terca, 4 de dezembro
Fonte: cidade Verde.com






